segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Era, sou, serei

E de repente já está ai!
Passamos uma grande parte do nosso presente planejando o futuro. E quando nos damos conta, o futuro já não o é mais; tornou-se presente. E aquilo que parecia tão presente, agora, não passa de lembranças.
Lembranças... nada faria sentido se não as tivéssemos. O presente é apenas uma consequência do passado, e o futuro é baseado neste presente. Não podemos viver em função daquilo que já foi e não é mais, mas para ser o próximo necessita de passado.
Eu necessito de passado. Sou uma amante das lembranças. São nelas que me refugio quando o presente é amargo. É no colo delas que busco o conforto, um afago. Ou quem sabe um grande tapa... com luvas de pelica. Tapa que me lembra de coisas as quais eu deveria lembrar sempre, para que novos tapas não tenham que acontecer.
Ser amiga do passado pode ser recompensador. E eu estou aprendendo a sê-la.
Não é tão fácil como parece. Às vezes causa angústia por podermos apenas lembrar e não mais agir. O que está feito está feito. E essa é a realidade com que temos de conviver.
Porém, buscando uma relação harmônica com o já feito podemos construir passados mais harmônicos no presente. E é isso o que importa.
Talvez hoje seja só mais um dia de laços estreitos com o tempo passado. E... obrigada pela atenção.