sábado, 5 de abril de 2014

05 de abril de 2014

Por algum motivo me vejo repetindo velhos hábitos que nunca levaram por bons caminhos. Talvez seja pela facilidade que temos em seguir a estrada já conhecida, esquecendo de todas as armadilhas que ela tem. Armadilhas que já estavam lá, sempre estiveram, mas que quando as feridas cicatrizam a nossa memória teima em falhar.
Deveria saber que o trajeto me espera com bons momentos, mas regados a constantes suspiros de exaustão. Depois de algumas experiências como esta, era  para se saber que o erro só muda de nome e endereço.
É um novo com gosto de passado, uma novidade com poeira de antiguidade. E a cada ano que começa, a cada ciclo que a gente começa, lá no fundo acreditamos que tudo vai recomeçar. E por mais consciência que possamos ter, o fato é que nada recomeça se não nos reinventarmos. Buscar maneiras novas de viver, mesmo que seja pelo mesmo caminho.
Tava afim de colher louros, lírios, lírica inspirada. Talvez seja hora de mudar as sementes enquanto há tempo, porque não dá mais para cultivar ilusões. O preço que se paga é alto e a colheita é das mais doloridas.