sábado, 27 de novembro de 2010

27 de novembro de 2010

Pra que forçar um afastamento sendo que, apesar de todas as coisas que conspiram contra, nossos espíritos e corpos tem uma força de aproximação tão forte? Não consigo pensar em nenhuma outra definição para você a não ser cão vadio... Mas tenho tido a impressão cada vez mais real de que merecemos um ao outro.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

25 de novembro de 2010

Essa infinidade de coisas a fazer é sempre um peso enorme. Até mesmo os momentos de paz carregam alguma dose de culpa que sussura "você deveria estar fazendo aquilo". E no meio de tudo isso, ter turbulências hormonais, misturadas com doses familiares e afetivas, produz um líquido amargo e ácido que está prestes a explodir a qualquer momento. E eu continuo a bebê-lo como uma dose de vida a cada dia que passa. Dizem que há certo inferno astral antes do aniversário. E agora eu só quero que esse dia chegue logo para respirar finalmente um pouco mais leve. Que venham os 21.

domingo, 21 de novembro de 2010

21 de novembro de 2010

Há dias em que eu paro, penso e chego a cogitar que entendo você. Tudo parece se encaixar, os pensamentos e os corpos parecem que por um momento estão em sintonia. Mas é um momento tão frágil, que não chega a durar sequer um dia. No instante seguinte chego à conclusão de que não é, não foi e talvez nunca há de ser  como eu gostaria que fosse. Somos dois perdidos buscando algo que nem ao menos sabemos o que é. Farejamos um ao outro, imaginamos coisas, mas quando a lucidez toma conta, o que sobra é a tremenda falta de ilusão que a razão trás. O que eu mais precisava em tempos assim era um colo e o mínimo de atenção, mas a insensibilidade é maior. Mais uma vez não consigo sentir pena de você, como por vezes já fiz. Definitivamente não é isso que tornará você menos vadio.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

19 de novembro de 2010

E hoje voltei pra casa arrasada depois de perceber que até os cães vadios precisam de carinho. Na verdade talvez sejam eles os que mais precisam...

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Dia de cão (vadio)

Há uma necessidade imensa de dizer, gritar nos seus ouvidos, falar o quanto voltei para casa infeliz e amargurada hoje. Mas pergunto para que? Se você não dá atenção aos meus esboços de sentimentos profundos, sem demonstrar qualquer vontade de dividir minhas alegrias e agústias. Quer apenas a matéria traduzida em corpo, para depois se despedir e me esquecer até que a necessidade apareça de novo. Queria mesmo é conseguir te mandar à merda, mas no final das contas somos dois cães vadios.

domingo, 7 de novembro de 2010

7 de novembro de 2010

Há tempos as palavras não aparecem por aqui na intensidade que tem aparecido pela vida. Talvez porque resolveram tirar um tempo para o descanso, já que a prioridade tem sido outra. Nas últimas circunstâncias consegui entender o outro lado de uma moeda muito antiga, que imaginei perdida em alguma fonte dos desejos por ai. Mas é fato que em cada esquina pode haver uma surpresa reservada, só aguardando o instante do encontro. Ele aconteceu, em um domingo que talvez não devesse ter acabado. Mas acabou, e acabou mesmo. E o que se leva de tudo isso, além das ótimas lembranças e do afeto que ainda persiste, é a necessidade de ver e entender que é preciso aproveitar antes que seja tarde. Quero agarrar com as mãos, os braços, cabelos e cada uma das partes de puder, antes que outro domingo acabe. E a intensidade ultimamente tem se depositado ai: companhias boas regadas a líquidos e sensações diversas. Venha, vida, porque nem toda segunda-feira precisa ser necessariamente um dia de fúria.