E agora chegou o momento de fingirmos que nada de grave aconteceu, que saímos de uma propaganda de margarina para o mundo real e que tudo não passou de um dia ruim. Aham! Um finge que é verdade e os outros fingem que acreditam.
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
03 de dezembro de 2010
Chega um momento em que o relógio da apita, querendo informar que é hora de partir. Sei lá, pegar as roupas um tanto gastas e cheias de histórias, os álbuns de fotografias, alguns livros mais especiais, juntar tudo dentro de uma mala e colocar o pé na estrada. Esse momento talvez seja o mesmo em que nos damos conta de que crescemos e não há mais saída. As idéias não batem, o entendimento fica cada vez mais distante, as frustrações aumentam em progressão geométrica e a convivência começa a ganhar um ar de mero hábito, mas infelizmente um hábito cada vez mais carregado de sentimentos ruins... Sentimentos muito diferentes do que o distanciamento na medida certa trás, como saudade e vontade de ficar perto. Estamos em um caminho onde não há vontade de estar junto, mas apenas uma obrigação a ser cumprida até que se possa tomar outro rumo. Não sei descrever a sensação, mas a cada novo pedido que precisa ser feito é como se uma bigorna, daquelas de desenho infantil, ficasse martelando na cabeça que pensa "será que dessa vez?". E o que entristece a situação é que a grande maioria das vezes não é... Com o passar do tempo, as crises vão ficando tão constantes e as frustrações também, que perdemos aquele último impulso que diz "tenta mais uma vez". E começamos a deixar pra lá, vendo a vida passar sem nunca se sentir parte integrante dela. Começa a virar um fato e uma certeza que você está há anos luz do controle de sua própria vida e que as decisões não são suas em momento algum. Talvez a única coisa que ainda resta decidir seja, ainda que sob protestos, qual é a roupa que usar no dia. É, infelizmente o ar está ficando rarefeito cada dia que passa, e hoje a frustração é correr o risco de não poder participar da última visita que faria à casa de pessoas tão queridas.
Durma-se com um silêncio e um oco desses...
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