Não poderia deixar de escrever algo a respeito da heroína da vez. Tá certo que ela foge de todo e qualquer tipo de padrão aceitável por aqueles que são fãs de uma digna heroína, daquelas bem poderosas, que lutam feito samurais e mesmo assim conseguem conservar o feminino e o sexy bem por perto. É justamente por isso que encontrei a minha heroína. Ou melhor dizendo, a minha anti-heroína. Se Macunaíma era o nosso herói sem nenhum caráter, Bridget Jones é a escolhida. Não que ela não possua caráter, mas está longe de ser as gostosonas enérgicas. Ela é simplesmente uma gordinha desajeitada, que vive fazendo merda no jornalismo e tem a vida amorosa mais conturbada que uma pane de avião. Pontos em comum não são meras coincidências. Exceto pelo fato de que ela possui dois galãs hollywoodianos brigando por ela a qualquer custo, com direito a bofetadas e pontapés no meio da rua. Há quem critique também pelo fato de Bridget estar entre os filmes da tal Hollywood. Ok, não é cult, não é Godard, não ganhou o Urso de Ouro... mas vale a pena. Perdi as contas de quantas vezes assisti. Confesso que em todas as vezes a sensação no final era sempre parecida. ''Caramba, eu quero ser Bridget!''. Tá, pode ser exagero, mas o filme traz suas reflexões. Se me permitem...
Tem mais de 30 anos, vários quilos acima do peso ideal, solteira, carreira instável, desengonçada, destrambelhada, atrapalhada, etc etc. Teria tudo para ser a figurante de um filme qualquer, onde a estrela principal é o oposto de tudo que já foi citado. O cabelo dela não brilha, as bochechas são enormes, ela não sabe cantar/dançar/representar, acabou indo pra cama com o chefe e pediu demissão. Caramba! Dá para passar horas discursando sobre tudo o que Bridget não é, o quanto ela não está nos padrões e o quanto ela está longe deles. E é justamente por isso que ela é a heroína da vez. Poder atracar-se ao pote de sorvete sem culpa é maravilhoso. As pessoas têm que começar a entender que celulite existe e que o Photoshop também. As capas de revista são apenas capas de revista. Fotografias que não refletem nada do que aquela pessoa é. Simplesmente tiram o que podem da sua roupa e colocam à venda. E esse é o rumo para alcançarmos a eternidade e os exageros: a eterna busca pelo perfeito, que só existe naquele pedaço de papel, e os exageros com do corpo em detrimento da mente para chegarmos àquilo. Já discursei sobre a produção em série que chegou ao mundo corporal. Os modelos despencam de todos os cantos, querendo vencer pelo cansaço e pela insistência. Afinal, acordar e dormir recebendo na cabeça ''seja assim, não seja assado, tenha bunda, não tenha barriga, coxas grossas, cintura fina...'' Fossiliza. Em algum momento, fossiliza.
Tem mais de 30 anos, vários quilos acima do peso ideal, solteira, carreira instável, desengonçada, destrambelhada, atrapalhada, etc etc. Teria tudo para ser a figurante de um filme qualquer, onde a estrela principal é o oposto de tudo que já foi citado. O cabelo dela não brilha, as bochechas são enormes, ela não sabe cantar/dançar/representar, acabou indo pra cama com o chefe e pediu demissão. Caramba! Dá para passar horas discursando sobre tudo o que Bridget não é, o quanto ela não está nos padrões e o quanto ela está longe deles. E é justamente por isso que ela é a heroína da vez. Poder atracar-se ao pote de sorvete sem culpa é maravilhoso. As pessoas têm que começar a entender que celulite existe e que o Photoshop também. As capas de revista são apenas capas de revista. Fotografias que não refletem nada do que aquela pessoa é. Simplesmente tiram o que podem da sua roupa e colocam à venda. E esse é o rumo para alcançarmos a eternidade e os exageros: a eterna busca pelo perfeito, que só existe naquele pedaço de papel, e os exageros com do corpo em detrimento da mente para chegarmos àquilo. Já discursei sobre a produção em série que chegou ao mundo corporal. Os modelos despencam de todos os cantos, querendo vencer pelo cansaço e pela insistência. Afinal, acordar e dormir recebendo na cabeça ''seja assim, não seja assado, tenha bunda, não tenha barriga, coxas grossas, cintura fina...'' Fossiliza. Em algum momento, fossiliza.
Não dá para negar que beleza ajuda. Mas dá para comprovar que não se sustenta sozinha. Pelo contrário, ela pode ser conseqüência das tantas outras coisas que há lá no fundo, do lado de dentro. O externo é reflexo. Pode até não ser num primeiro momento, mas logo denunciará a si mesmo. E tudo isso, no fim das contas, é para confessar minha ''fase Bridget''. Com o pequeno detalhe de que ela tá pegando e eu não. Mas como eu já disse, é só um mero detalhe. E detalhe para uma oooutra história...
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