sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Décimo sexto desabamento

Aqueles que vivem, bem sabem que há dias e dias. Há inclusive um famoso ditado popular que diz "um dia da caça, outro do caçador". Grande sabedoria dos povos. Provavelmente em quase todas as culturas deve haver ditados que expressem isso.
Às vezes, logo que acordo, fico brincando de tentar prever como será o decorrer do dia e aquilo que vai encerrá-lo, com chave de ouro ou não. Alguns são possíveis: já começam tortos, com telefone tocando e ninguém para atender, celular que despertou há séculos e você desligou sem perceber que já está uma hora atrasada, aspirador de pó passeando pela casa, cachorro da vizinha latindo, passarinho cantando em stress maior... É, tem dia que dá para prever. Outros, entretanto, começam com contornos tão sutis, com aquela brisa marota entrando pela janela e despertando com aconchego, que parece impossível admitir seu trágico desenrolar. Bombardeios na sua cabeça quando só o que você queria era conseguir uma noite de sono tranquila. Que ultimamente, aliás, tem sido bem difícil.
Enfim, costumo encerrar o dia tentando convencer a mim mesma com as palavras mágicas: "foi só mais um dia ruim; amanhã passa!". E eu ainda acredito!

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