E agora chegou o momento de fingirmos que nada de grave aconteceu, que saímos de uma propaganda de margarina para o mundo real e que tudo não passou de um dia ruim. Aham! Um finge que é verdade e os outros fingem que acreditam.
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
03 de dezembro de 2010
Chega um momento em que o relógio da apita, querendo informar que é hora de partir. Sei lá, pegar as roupas um tanto gastas e cheias de histórias, os álbuns de fotografias, alguns livros mais especiais, juntar tudo dentro de uma mala e colocar o pé na estrada. Esse momento talvez seja o mesmo em que nos damos conta de que crescemos e não há mais saída. As idéias não batem, o entendimento fica cada vez mais distante, as frustrações aumentam em progressão geométrica e a convivência começa a ganhar um ar de mero hábito, mas infelizmente um hábito cada vez mais carregado de sentimentos ruins... Sentimentos muito diferentes do que o distanciamento na medida certa trás, como saudade e vontade de ficar perto. Estamos em um caminho onde não há vontade de estar junto, mas apenas uma obrigação a ser cumprida até que se possa tomar outro rumo. Não sei descrever a sensação, mas a cada novo pedido que precisa ser feito é como se uma bigorna, daquelas de desenho infantil, ficasse martelando na cabeça que pensa "será que dessa vez?". E o que entristece a situação é que a grande maioria das vezes não é... Com o passar do tempo, as crises vão ficando tão constantes e as frustrações também, que perdemos aquele último impulso que diz "tenta mais uma vez". E começamos a deixar pra lá, vendo a vida passar sem nunca se sentir parte integrante dela. Começa a virar um fato e uma certeza que você está há anos luz do controle de sua própria vida e que as decisões não são suas em momento algum. Talvez a única coisa que ainda resta decidir seja, ainda que sob protestos, qual é a roupa que usar no dia. É, infelizmente o ar está ficando rarefeito cada dia que passa, e hoje a frustração é correr o risco de não poder participar da última visita que faria à casa de pessoas tão queridas.
Durma-se com um silêncio e um oco desses...
sábado, 27 de novembro de 2010
27 de novembro de 2010
Pra que forçar um afastamento sendo que, apesar de todas as coisas que conspiram contra, nossos espíritos e corpos tem uma força de aproximação tão forte? Não consigo pensar em nenhuma outra definição para você a não ser cão vadio... Mas tenho tido a impressão cada vez mais real de que merecemos um ao outro.
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
25 de novembro de 2010
Essa infinidade de coisas a fazer é sempre um peso enorme. Até mesmo os momentos de paz carregam alguma dose de culpa que sussura "você deveria estar fazendo aquilo". E no meio de tudo isso, ter turbulências hormonais, misturadas com doses familiares e afetivas, produz um líquido amargo e ácido que está prestes a explodir a qualquer momento. E eu continuo a bebê-lo como uma dose de vida a cada dia que passa. Dizem que há certo inferno astral antes do aniversário. E agora eu só quero que esse dia chegue logo para respirar finalmente um pouco mais leve. Que venham os 21.
domingo, 21 de novembro de 2010
21 de novembro de 2010
Há dias em que eu paro, penso e chego a cogitar que entendo você. Tudo parece se encaixar, os pensamentos e os corpos parecem que por um momento estão em sintonia. Mas é um momento tão frágil, que não chega a durar sequer um dia. No instante seguinte chego à conclusão de que não é, não foi e talvez nunca há de ser como eu gostaria que fosse. Somos dois perdidos buscando algo que nem ao menos sabemos o que é. Farejamos um ao outro, imaginamos coisas, mas quando a lucidez toma conta, o que sobra é a tremenda falta de ilusão que a razão trás. O que eu mais precisava em tempos assim era um colo e o mínimo de atenção, mas a insensibilidade é maior. Mais uma vez não consigo sentir pena de você, como por vezes já fiz. Definitivamente não é isso que tornará você menos vadio.
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
19 de novembro de 2010
E hoje voltei pra casa arrasada depois de perceber que até os cães vadios precisam de carinho. Na verdade talvez sejam eles os que mais precisam...
terça-feira, 9 de novembro de 2010
Dia de cão (vadio)
Há uma necessidade imensa de dizer, gritar nos seus ouvidos, falar o quanto voltei para casa infeliz e amargurada hoje. Mas pergunto para que? Se você não dá atenção aos meus esboços de sentimentos profundos, sem demonstrar qualquer vontade de dividir minhas alegrias e agústias. Quer apenas a matéria traduzida em corpo, para depois se despedir e me esquecer até que a necessidade apareça de novo. Queria mesmo é conseguir te mandar à merda, mas no final das contas somos dois cães vadios.
domingo, 7 de novembro de 2010
7 de novembro de 2010
Há tempos as palavras não aparecem por aqui na intensidade que tem aparecido pela vida. Talvez porque resolveram tirar um tempo para o descanso, já que a prioridade tem sido outra. Nas últimas circunstâncias consegui entender o outro lado de uma moeda muito antiga, que imaginei perdida em alguma fonte dos desejos por ai. Mas é fato que em cada esquina pode haver uma surpresa reservada, só aguardando o instante do encontro. Ele aconteceu, em um domingo que talvez não devesse ter acabado. Mas acabou, e acabou mesmo. E o que se leva de tudo isso, além das ótimas lembranças e do afeto que ainda persiste, é a necessidade de ver e entender que é preciso aproveitar antes que seja tarde. Quero agarrar com as mãos, os braços, cabelos e cada uma das partes de puder, antes que outro domingo acabe. E a intensidade ultimamente tem se depositado ai: companhias boas regadas a líquidos e sensações diversas. Venha, vida, porque nem toda segunda-feira precisa ser necessariamente um dia de fúria.
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
quinta-feira, 1 de abril de 2010
31 de março de 2010
Atenção: Fica instituída a lei do respirar fundo! Quando o mar não está para peixe e o universo parece conspirar contra toda sua vida, é preciso respirar profundamente, sentindo o ar entrando nos pulmões e exalando por todos os poros, demoradamente, sem pressa do mundo acabar, numa busca pelo êxtase, pela volta ao eixo, ao equilíbrio do que pensar e sentir, do falar e agir, do viver ou morrer. É preciso levar a alma às alturas e retornar ao chão mansamente, com a leveza de uma pluma atirada do ponto mais alto do mundo. A mente deixará de rodopiar freneticamente e encontrará a calma do espírito. Preciso sentir tudo se encaixando em seu lugar, a bagunça sendo organizada, a nuvem negra se dissipando, o dia nascendo claro e o dia terminando agradável. Preciso voltar ao eixo da minha vida e fazer as pazes com a calma e a felicidade. Respira, respira, respira....
domingo, 10 de janeiro de 2010
10 de janeiro de 2010
Assistindo ao noticiário da hora do almoço, despretensiosamente e quase sem atenção, ouviu qualquer coisa sobre o tamanho do planeta Terra em relação ao Universo. Despertou novamente aquilo que cada vez mais frequentemente tem aparecido em seus pensamentos, sobre a grandeza das coisas, reais ou imaginárias. Sempre que algum problema gigante começava a fermentar e crescer absurdamente, procurava lembrar o quão tudo era tão pequeno e tentar suavizar um pouco mais a vida. Ela, que não costumava rezar desde os 12 anos de idade, pediu numa espécie de oração singela a qualquer força para que lhe desse força, e principalmente ar para encher os pulmões, respirar fundo e seguir em frente.
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