Há uma necessidade imensa de dizer, gritar nos seus ouvidos, falar o quanto voltei para casa infeliz e amargurada hoje. Mas pergunto para que? Se você não dá atenção aos meus esboços de sentimentos profundos, sem demonstrar qualquer vontade de dividir minhas alegrias e agústias. Quer apenas a matéria traduzida em corpo, para depois se despedir e me esquecer até que a necessidade apareça de novo. Queria mesmo é conseguir te mandar à merda, mas no final das contas somos dois cães vadios.
Um comentário:
muito bem obrigada, querida. só essa constante vontade de gritar igual a sua, escrever as coisas nas paredes, nos ônibus, nas árvores, sair por aí com um megafone. mas não acho que resolveria. te cuida, chica.
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