É difícil escapar ao clima que envolve os finais. Seja lá qual fôr, o término de algo tem características quase que inerentes. Aquela sensação de ''acabou'' cai sobre nós e a partir daí, salve-se quem puder. É a partir desse estopim que as conseqüências engolem qualquer tentativa de controle. As rédeas perdem-se em meio aos galopes e o turbilhão tem início.
Não há regra. Os finais podem ser felizes, trazerem gostos amargos, talvez nostálgicos, ou quem sabe ainda a sensação de que apenas mais um ciclo encontrou seu fim e logo menos encontrará seu recomeço natural. O fato é que alguns finais envolvem perdas e perder não é doce. Perder traz sensação de mãos vazias, peito apertado, finitude, o que pertencia (se é que algo nos pertence de fato) não pertence mais.
Aqui, lidar com perdas nunca foi tarefa fácil. Encarar que elas existem e acontecem a todo e qualquer momento, sem que estejamos necessariamente preparados, exije. Tudo pode acontecer muito rapidamente. O mundo caminha a passos largos. Ver virar a esquina aquilo que tanto quis reter nas mãos... Parece impotência, mas se confunde em meio a quantidade do que sentir. Gostar, querer próximo, gostar, deixar livre, gostar e entender que pertence ao mundo. Pertence a ele porque é muito grande! Tão grandioso que não cabe apenas em si mesmo, muito menos em apenas um coração. Tem um mundo de desejos, vontades e anseios; mas tem um universo de chances para realizar-se. É assim... deixar livre para ver florescer, ir longe, muito longe.
Talvez esse seja o fim encontrando o começo. Um novo ciclo inicia-se e vai seguir seu caminho. Quem quiser que o acompanhe. Mas saiba que não há limites...
Um comentário:
é, crescer, expandir, requer tempo, paciência e coragem!
abordou tanta coisa nesse post (é assim que se chama?)que me fez relembrar "n" coisas desse ano e até de outros.
preciso entrar mais aqui! :)
beijos, chica!
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