O quão somos passivos frente aos meios de comunicação? Iniciando o caminho para fazer parte desses meios, é necessária uma visão clara sobre o que eles são e como atuam na vida das pessoas. A nitidez é necessária para que, de posse do esclarecimento, quem está começando agora possa fazer algo. Se não para modificar os existentes, criando algo novo. E daí ser um jornaleco pequenino, que circula em meia dúzia de mãos, ou meia dúzia de bairros, ou quem sabe ainda meia dúzia de regiões. O objetivo não é salvar o mundo sozinha. O objetivo é abrir os olhos, não somente do expectador, mas também daquele que tem o poder de formar opinião.
A mídia tem um poder muito forte. Aquilo que veicula ganha ares de verdade pelo simples fato de estar sendo transmitido. Acreditamos de olhos vendados na ''realidade midiática''. Nem todos podem estar no tempo e local exato dos fatos, nem em todos os fatos. O mundo é vasto, e para poder alcançá-lo contratamos olhos e mãos para que nos repassem aquilo que viram, ouviram ou souberam. Talvez ai haja um ponto importante. Com seu poder, a mídia nos influencia a acreditar naquilo que deseja. A ilusão de fazer com que nos sintamos dentro dos fatos, simultaneamente em todos eles, inseridos como numa espécie de onisciência e onipresença. Ai está: diante das narrações que a mídia conta, nos sentimos deuses. Somos ''o olho que tudo vê e tudo sabe''. Mera ilusão!
Quando nos sentamos diante da televisão, é como se penetrássemos num outro mundo. A tela de plasma nos engole, nos absorve de uma forma mágica. Somos TELE-transportados. Quando lemos jornal, temos a imagem da seriedade, as coisas ''no papel''. Uma palavra jogada ao ar numa conversa poderia não ter valor no dia seguinte, mas algo escrito em um papel possuía uma convicção, uma certeza. E essa imagem, ao que parece, persiste ainda hoje. A primeira fonte de notícias do dia, quase sempre, está nas mãos do entregador de jornal. Filmes nos mostram pessoas atarefadas pela manhã, tomando uma xícara de café rapidamente, com um jornal debaixo do braço. Uma série de idéias jogadas assim acabam se fossilizando de alguma forma no nosso dia-a-dia.
O maior problema das mídias é a falta de ação daqueles que as recebem. Nenhum telespectador tem o poder de mudar algo no canal a que assiste. O maior poder que ele tem nas mãos é o controle remoto. Somente. Porém, as emissoras grandes não são grandes por acaso. Elas fazem de sua programação uma arma. Mesclam notícias, os absurdos e o cômico de uma forma que ''não pesa''. O programa jornalístico mais assistido do horário nobre fica no meio de duas novelas. Às vezes nos perdemos, sem saber o que é lúdico e o que é real. É uma mistura muito bem feita. Mas tem seus propósitos. E eles quase nunca são escancarados a olhos desapercebidos.
A mídia envolve muito dinheiro, e é um jogo de interesses muito antigo. Jornais como a Folha de São Paulo foram fundados na época dos senhores de café, justamente para promoverem-se e defenderem seus interesses e objetivos. Ou seja, alguém que não está de acordo com o Manual da Folha de São Paulo, não poderá lá trabalhar jamais. Segundo Alberto Dinis, não há liberdade de imprensa, mas somente liberdade de empresa. Falsa ilusão daquele aluno de jornalismo que, com suas idéias ''esquerdistas'', entra ou forma-se na universidade e acha que dali irá para o New York Times escrever mal dos bancos, do capitalismo, da cadeia alimentar canibal do homem e etc. NÃO VAI! E considerando esse costume já muito antigo, dificilmente mudaremos o já existente. Se algo deve ser mudado, esse algo deve ser começado. Funde veículos de mídia inovadores, que falem sobre o outro lado da tela ou do jornal. É hipocrisia dizer que existe imparcialidade. Mas se não há, mostre a outra face então, aquilo que os detentores de poder fazem tanta questão de guardar a 7 chaves.
Ou senão tente ao menos usar a arma que já possuímos em mãos: pegue o controle remoto e aperte o botão OFF!
sábado, 26 de abril de 2008
Um último suspiro
Fiquei pensando a respeito do que disse ontem. Sobre os tais avanços que não existem.
Na verdade sou um tanto quanto pessimista ainda a esse respeito. Entristeço ao estudar qualquer livro de História e me deparar sempre com as mesmas situações. Infelizmente ainda acredito que isso seja um movimento circular, e como tal, eterno. Os motivos mudam de acordo com os interesses da época, mas o que há em jogo são sempre interesses. Seja de rei, nobre, papa ou pobre. A escada de poder nunca muda. Os ricos lapidam cada vez mais suas ambições. Os pobres sentem cada vez mais o fio cortante dessa lapidação. Sempre me vejo perguntando: seria isso parte da essência do ser humano? Seria isso natural?
Mas não gosto de justificar as coisas dessa forma. Ao meu ver, melhor justificativa seria herança. E não genética como muitos dizem, mas sociais, passadas de pai para filho, de rei para príncipe, e assim sempre, completando mais uma volta no círculo.
Qual pessoa importante, detentora de poder e riquezas materiais, vai dizer a seu filho: não busque o que eu possuo; não queira o conforto, a riqueza, o bem-estar. As pessoas gostam de poder, e isso sim talvez se justifique por alguma herança genética. Freud já citava em seus estudos a tendência do ser humano à liderança, tanto por parte daqueles aptos a serem líderes, quando daqueles aptos a serem liderados. O fato é que o estado das coisas pouco muda devido a manutenção deste estado. É algo transimitido quase que para sempre, exceto pelo caso raro de um filho que renegue os conselhos do pai e descubra que viver bem não é viver feito ele.
Cito o pai porque é uma relação mais estreita. Antigamente havia uma transferência de poder. Na verdade ainda há, apenas não através de cerimônias realizadas por membros da Igreja, passando coroas por aqui e ali. Hoje eles passam de cara lavada o poder e não somente a representação deste. Vide Antônio Carlos Magalhães e Fernando Collor de Melo, entre tantos outros...
Mas enfim, sentindo-se o detentor do poder bem com aquilo que tem, está ai um grande motivo para não acreditarmos em contos de fadas e finais felizes. Para que o círculo se rompa e as algemas sejam abertas, não será a vontade destes que permitirá. Na verdade, pensar em uma solução para isso é sempre muito complexo, ao menos por minha parte. As questões envolvidas são inúmeras, o tempo de caverna é muito extenso e a luz do sol não é visível a todos. Ainda resta um fio de esperança. Após um tempo descobri que ele não morreu. Talvez as coisas aconteçam realmente quando devem acontecer. Um último suspiro.
Na verdade sou um tanto quanto pessimista ainda a esse respeito. Entristeço ao estudar qualquer livro de História e me deparar sempre com as mesmas situações. Infelizmente ainda acredito que isso seja um movimento circular, e como tal, eterno. Os motivos mudam de acordo com os interesses da época, mas o que há em jogo são sempre interesses. Seja de rei, nobre, papa ou pobre. A escada de poder nunca muda. Os ricos lapidam cada vez mais suas ambições. Os pobres sentem cada vez mais o fio cortante dessa lapidação. Sempre me vejo perguntando: seria isso parte da essência do ser humano? Seria isso natural?
Mas não gosto de justificar as coisas dessa forma. Ao meu ver, melhor justificativa seria herança. E não genética como muitos dizem, mas sociais, passadas de pai para filho, de rei para príncipe, e assim sempre, completando mais uma volta no círculo.
Qual pessoa importante, detentora de poder e riquezas materiais, vai dizer a seu filho: não busque o que eu possuo; não queira o conforto, a riqueza, o bem-estar. As pessoas gostam de poder, e isso sim talvez se justifique por alguma herança genética. Freud já citava em seus estudos a tendência do ser humano à liderança, tanto por parte daqueles aptos a serem líderes, quando daqueles aptos a serem liderados. O fato é que o estado das coisas pouco muda devido a manutenção deste estado. É algo transimitido quase que para sempre, exceto pelo caso raro de um filho que renegue os conselhos do pai e descubra que viver bem não é viver feito ele.
Cito o pai porque é uma relação mais estreita. Antigamente havia uma transferência de poder. Na verdade ainda há, apenas não através de cerimônias realizadas por membros da Igreja, passando coroas por aqui e ali. Hoje eles passam de cara lavada o poder e não somente a representação deste. Vide Antônio Carlos Magalhães e Fernando Collor de Melo, entre tantos outros...
Mas enfim, sentindo-se o detentor do poder bem com aquilo que tem, está ai um grande motivo para não acreditarmos em contos de fadas e finais felizes. Para que o círculo se rompa e as algemas sejam abertas, não será a vontade destes que permitirá. Na verdade, pensar em uma solução para isso é sempre muito complexo, ao menos por minha parte. As questões envolvidas são inúmeras, o tempo de caverna é muito extenso e a luz do sol não é visível a todos. Ainda resta um fio de esperança. Após um tempo descobri que ele não morreu. Talvez as coisas aconteçam realmente quando devem acontecer. Um último suspiro.
sexta-feira, 25 de abril de 2008
Embalagem a vácuo
Algumas discussões mostram-se frustadas após seu fim. No intuito de persuadir, em alguns momentos as nossas argumentações nada mais são do que palavras soltas no espaço, que não conseguem, ou simplesmente não são, penetradas na consciência daquele com quem discutimos.
É difícil aceitar o fato. Fazemos no intuito quase sempre de mostrar ao outro aquilo que pensamos, que achamos certo ou errado, e mesmo que não mudemos sua opinião, somente com a vontade do despertar. O desejo de causar a angústia que precede uma mudança. Mostrar ao outro que há muito mais coisas fora do seu mundinho a vácuo. Percebe-se que em pleno século XXI as pessoas continuam de olhos vendados, acreditando em verdades vomitadas, sem contestação. O espírito do verdadeiro por quê tem se tornado cada vez mais dissolvido. A impressão que temos é a contrária. Se pegarmos períodos mais remotos, veremos sim algumas mudanças. Mas até que ponto elas foram somente superficiais? Até mesmo os problemas existenciais tem tomado um rumo ''fast-food''. Para que passar uma vida toda se questionando quando a lista dos 10 mais vendidos são de livros de auto-ajuda? Compensa conviver com a angústia de nunca saber? Temos coragem de nos perguntar o porque das coisas?
Em seu livro Água Viva, Clarice Lispector diz: "Não quero perguntar por quê, pode-se perguntar sempre por quê e continuar sem resposta: será que consigo me entregar ao expectante silêncio que se segue a uma pergunta sem resposta? Embora adivinhe que em algum lugar ou em algum tempo existe a grande resposta para mim"
O desconhecido assusta, e as verdadeiras verdades são desconhecidas. A impressão é que somente divagamos, em busca de algo que pensamos saber o que é. E quando encontramos uma solução calmante, que aquieta o rebuliço da nossa alma, pronto! Dizemos logo que aquilo é o real, o verdadeiro, sem contestação e somente opressão.
Ser extremista é uma forma de ignorância. Aquele que acredita em verdades imutáveis, venda os olhos e não se preocupa em ouvir o que vem de fora é tão ou mais ignorante quanto aquele que nada sabe das coisas. Convicções imutáveis geram fanatismo. Pessoas de mentes vedadas gorfando pseudo-verdades sem ouvir, sem adquirir, sem nem ao menos atentarem-se às palavras ditas numa conversa.
Há assuntos e assuntos. E, principalmente, pessoas para cada tipo de assunto. Não adianta gastar saliva com quem não deseja. Não é possível TROCAR idéias com quem não sabe o que isso significa. Segundo o dicionário Aurélio:
TROCAR. 1. Dar (uma coisa) por outra. 2. Substituir (uma coisa) por outra; mudar. 3. Tomar (uma coisa) por outra; confundir. 4. Alterar, modificar. 5. Pôr de través; cruzar. (...) 12. Permutar entre si. 13. Transformar-se, converter-se. 14. Reciprocar-se, mutuar-se.
Enfim, hoje foi um dia proveitoso. Não para os lacrados, mas para as mentes-buracos-negros.
É difícil aceitar o fato. Fazemos no intuito quase sempre de mostrar ao outro aquilo que pensamos, que achamos certo ou errado, e mesmo que não mudemos sua opinião, somente com a vontade do despertar. O desejo de causar a angústia que precede uma mudança. Mostrar ao outro que há muito mais coisas fora do seu mundinho a vácuo. Percebe-se que em pleno século XXI as pessoas continuam de olhos vendados, acreditando em verdades vomitadas, sem contestação. O espírito do verdadeiro por quê tem se tornado cada vez mais dissolvido. A impressão que temos é a contrária. Se pegarmos períodos mais remotos, veremos sim algumas mudanças. Mas até que ponto elas foram somente superficiais? Até mesmo os problemas existenciais tem tomado um rumo ''fast-food''. Para que passar uma vida toda se questionando quando a lista dos 10 mais vendidos são de livros de auto-ajuda? Compensa conviver com a angústia de nunca saber? Temos coragem de nos perguntar o porque das coisas?
Em seu livro Água Viva, Clarice Lispector diz: "Não quero perguntar por quê, pode-se perguntar sempre por quê e continuar sem resposta: será que consigo me entregar ao expectante silêncio que se segue a uma pergunta sem resposta? Embora adivinhe que em algum lugar ou em algum tempo existe a grande resposta para mim"
O desconhecido assusta, e as verdadeiras verdades são desconhecidas. A impressão é que somente divagamos, em busca de algo que pensamos saber o que é. E quando encontramos uma solução calmante, que aquieta o rebuliço da nossa alma, pronto! Dizemos logo que aquilo é o real, o verdadeiro, sem contestação e somente opressão.
Ser extremista é uma forma de ignorância. Aquele que acredita em verdades imutáveis, venda os olhos e não se preocupa em ouvir o que vem de fora é tão ou mais ignorante quanto aquele que nada sabe das coisas. Convicções imutáveis geram fanatismo. Pessoas de mentes vedadas gorfando pseudo-verdades sem ouvir, sem adquirir, sem nem ao menos atentarem-se às palavras ditas numa conversa.
Há assuntos e assuntos. E, principalmente, pessoas para cada tipo de assunto. Não adianta gastar saliva com quem não deseja. Não é possível TROCAR idéias com quem não sabe o que isso significa. Segundo o dicionário Aurélio:
TROCAR. 1. Dar (uma coisa) por outra. 2. Substituir (uma coisa) por outra; mudar. 3. Tomar (uma coisa) por outra; confundir. 4. Alterar, modificar. 5. Pôr de través; cruzar. (...) 12. Permutar entre si. 13. Transformar-se, converter-se. 14. Reciprocar-se, mutuar-se.
Enfim, hoje foi um dia proveitoso. Não para os lacrados, mas para as mentes-buracos-negros.
quinta-feira, 24 de abril de 2008
Inanimados ou desanimados?
O que não dá pra entender é essa mania do homem de humanizar as coisas.
A maior parte das coisas que nos cercam, de uma forma ou de outra, quando caem nas mãos dos homens, são obrigadas a adquirir características humanas.
Quem nunca na vida viu uma propaganda ou qualquer outra coisa onde plantas, animais e objetos ganham olhos, sorrisos e emoções, munidas de sentimento e luta por causas desesperadas.
Qualquer embalagem de doce de leite possui uma vaquinha sorrindo, com olhos delineados, cílios cheios de rímel e acentuados com curvex. Sorrisos humanos em bocas animais. Ou seriam sorrisos animalescos em bocas humanas?
O fato é a grande prepotência do ser-homem. Talvez um resquício de sua mania de espécie superior. "Vamos dotá-los de nossas capacidades incríveis!". Só que no meio disso, muita coisa passa despercebida. Até mesmo as situações em que esses animais são colocados.
Nada mais canibal do que assistir ao frango-desenho da Sadia salivando ao ver o chester de Natal morto e dourado sobre a mesa. Não sou vegetariana e nem faço apologias do tipo "não comam carne". A intenção é somente de ''porra, deixa a planta sem rostinho meu!''.
Desde a primeira série, quando a ''tia'' mandava que os alunos desenhassem para comer o tempo e treinar a coordenação motora, o sol, a árvore, a nuvem e qualquer outro ''ser inanimado'' que houvesse no desenho possuíam os mesmos olhos e bocas da vaquinha-doce-de-leite já citada.
É natural isso? Faz parte de nossa essência buscar o próximo dessa forma? Na falta de amigos, por exemplo, juntamos 10 embalagens de leite Parmalat + R$10 e trocamos por um incrível animalzinho de estimação, já domesticado e que não vai precisar de veterinário. Quando o dia não está lá aquela maravilha, é no colo do nosso ursinho de pelúcia que comemos todo aquele pote de doce da vaquinha feliz.
Chega a ser cômico, caso não fosse trágico. Mania de buscar-se e fazer-se em tudo aquilo que nos rodeia. Queremos amigos que pensem como nós, que não discordem de nós; queremos plantas sorridentes, vacas com cílios postiços e frangos esfomeados. O semelhante a qualquer custo.
Talvez isso só reflita o quão perdidos e solitários nós somos, lá no fundo. E quanta mania de prepotência toma conta de nossas atitudes, mesmo que, na maior parte das vezes, nós nem nos damos conta.
A maior parte das coisas que nos cercam, de uma forma ou de outra, quando caem nas mãos dos homens, são obrigadas a adquirir características humanas.
Quem nunca na vida viu uma propaganda ou qualquer outra coisa onde plantas, animais e objetos ganham olhos, sorrisos e emoções, munidas de sentimento e luta por causas desesperadas.
Qualquer embalagem de doce de leite possui uma vaquinha sorrindo, com olhos delineados, cílios cheios de rímel e acentuados com curvex. Sorrisos humanos em bocas animais. Ou seriam sorrisos animalescos em bocas humanas?
O fato é a grande prepotência do ser-homem. Talvez um resquício de sua mania de espécie superior. "Vamos dotá-los de nossas capacidades incríveis!". Só que no meio disso, muita coisa passa despercebida. Até mesmo as situações em que esses animais são colocados.
Nada mais canibal do que assistir ao frango-desenho da Sadia salivando ao ver o chester de Natal morto e dourado sobre a mesa. Não sou vegetariana e nem faço apologias do tipo "não comam carne". A intenção é somente de ''porra, deixa a planta sem rostinho meu!''.
Desde a primeira série, quando a ''tia'' mandava que os alunos desenhassem para comer o tempo e treinar a coordenação motora, o sol, a árvore, a nuvem e qualquer outro ''ser inanimado'' que houvesse no desenho possuíam os mesmos olhos e bocas da vaquinha-doce-de-leite já citada.
É natural isso? Faz parte de nossa essência buscar o próximo dessa forma? Na falta de amigos, por exemplo, juntamos 10 embalagens de leite Parmalat + R$10 e trocamos por um incrível animalzinho de estimação, já domesticado e que não vai precisar de veterinário. Quando o dia não está lá aquela maravilha, é no colo do nosso ursinho de pelúcia que comemos todo aquele pote de doce da vaquinha feliz.
Chega a ser cômico, caso não fosse trágico. Mania de buscar-se e fazer-se em tudo aquilo que nos rodeia. Queremos amigos que pensem como nós, que não discordem de nós; queremos plantas sorridentes, vacas com cílios postiços e frangos esfomeados. O semelhante a qualquer custo.
Talvez isso só reflita o quão perdidos e solitários nós somos, lá no fundo. E quanta mania de prepotência toma conta de nossas atitudes, mesmo que, na maior parte das vezes, nós nem nos damos conta.
quarta-feira, 23 de abril de 2008
Bela Arte, né Belazarte?!
Como jornaleira atrevida que sou e menina desocupada que sou também, criei mais uma atividade bacaninha.
http://www.flickr.com/photos/belazarte/
Entrem, sentem, fiquem à vontade. Só não tira a roupa por favor.
Por falar nisso, mais uma campanha revolucionária ultra-jovem: não tire a roupa, tire fotos.
Obrigada! Ou melhor: CRUJ, CRUJ, CRUJ, Tchau!
http://www.flickr.com/photos/belazarte/
Entrem, sentem, fiquem à vontade. Só não tira a roupa por favor.
Por falar nisso, mais uma campanha revolucionária ultra-jovem: não tire a roupa, tire fotos.
Obrigada! Ou melhor: CRUJ, CRUJ, CRUJ, Tchau!
domingo, 20 de abril de 2008
Giletados, uni-vos!
Hoje é o dia nacional da gilete.
Tempo nublado, frio de agasalho, céu londrino e perguntas do tipo "o que sou" e "para onde vou" a perder de vista.
Pegue a sua e junte-se a nós!
Venha fazer parte desse evento magnífico.
Patrocínio: Cosméticos Berenice. Fale com sua revendedora Berenice e ACABE COM O AMANHÃ!
sábado, 19 de abril de 2008
DOM. E não é o Quixote!
Fomentemos então uma nova crise existencial.
Há pessoas que têm o dom da música. Outros o dom da dança, da beleza, da escrita, da inteligência e outros tantos que até Deus duvida.
Parando para pensar nisso, percebo: qual é o meu dom?
Na realidade não consigo encontrar. Mesmo que isso pareça algo do tipo ''jogue confete por favor'', não o é. Acho até que se fosse assim, poderia encomendar uma pesquisa para o Publifolha e ele me divulgaria, através de estatísticas, qual é o DOM DE MAYARA.
Aliás isso daria nome de filme com certeza!
Oh, poderia encontrar alguns daqueles que até Deus duvida por exemplo. Ou quem sabe descobrir que há pessoas que se encantam com minha voz estridente ou o meu sorrisinho com dentes infantis.
Mas o fato não é esse. O real problema é que a própria Mayara não sabe perceber o que abriga de bom, o que faz com maestria. A desculpa pode ser aquela velha: quem está dentro do tornado não percebe a sua real dimensão.
OK OK. Pode ser.
Em todo caso, continuo na busca. Talvez um dia desses, nadando no mar, eu encontre uma garrafa boiando que me diga: "O SEU DOM É..."
O problema é que eu nunca vou a praia.
Mas enfim, quem sabe um dia...
E qual é a utilidade desse texto? Vai saber. Acho que é usar o bobolog para alguma coisa.
Libertar os demônios, ou qualquer coisa que o valha.
Agora dá licença que a Janis está me chamando.
(JÁ VOOOOU...)
Há pessoas que têm o dom da música. Outros o dom da dança, da beleza, da escrita, da inteligência e outros tantos que até Deus duvida.
Parando para pensar nisso, percebo: qual é o meu dom?
Na realidade não consigo encontrar. Mesmo que isso pareça algo do tipo ''jogue confete por favor'', não o é. Acho até que se fosse assim, poderia encomendar uma pesquisa para o Publifolha e ele me divulgaria, através de estatísticas, qual é o DOM DE MAYARA.
Aliás isso daria nome de filme com certeza!
Oh, poderia encontrar alguns daqueles que até Deus duvida por exemplo. Ou quem sabe descobrir que há pessoas que se encantam com minha voz estridente ou o meu sorrisinho com dentes infantis.
Mas o fato não é esse. O real problema é que a própria Mayara não sabe perceber o que abriga de bom, o que faz com maestria. A desculpa pode ser aquela velha: quem está dentro do tornado não percebe a sua real dimensão.
OK OK. Pode ser.
Em todo caso, continuo na busca. Talvez um dia desses, nadando no mar, eu encontre uma garrafa boiando que me diga: "O SEU DOM É..."
O problema é que eu nunca vou a praia.
Mas enfim, quem sabe um dia...
E qual é a utilidade desse texto? Vai saber. Acho que é usar o bobolog para alguma coisa.
Libertar os demônios, ou qualquer coisa que o valha.
Agora dá licença que a Janis está me chamando.
(JÁ VOOOOU...)
sexta-feira, 18 de abril de 2008
Mayara ocupadérrima. E não porque ela seja uma empreendedora bem-sucedida, nem porque ela é sócia do Nelsinho (vide NP). É porque ela é proletária mesmo. Anda de busão por ai, estuda em colégio público e vende (DÁ!) sua mão de obra em troca de algum prestígio (vide NOTA).
Passar bem! E... até um dia!
Passar bem! E... até um dia!
sábado, 12 de abril de 2008
Eu deveria estar repleta de inspiração para escrever textos e mais textos.
Conteúdos saltam à vista, a imaginação fervilha, sim, mas o corpo e a mente não acompanham.
Conteúdos saltam à vista, a imaginação fervilha, sim, mas o corpo e a mente não acompanham.
Estranho dizer que a mente não acompanha. "De onde vem a imaginação", ok?!
Mas não tá dando. As coisas estão realmente empacadas.
Vai ficando para os próximos. Uma hora o blog não se aguenta.
Ah, alguém sabe o telefone de uma benzedeira?!
quarta-feira, 9 de abril de 2008
Novalis
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