Dia meio assim, meio assado, e ela continua sozinha. Fazia mais ou menos uma semana que ela parecia não despertar verdadeiramente para o mundo. Ficava uma sensação de desconforto e cansaço desde o momento em que as pálpebras abriam até o momento em que elas se fechavam. Ultimamente o mundo lhe assustava. Em curtos períodos de tempo uma enxurrada de coisas tão amargas. "Quem foi que botou a chuva dentro dos meus olhos?", perguntava-se enquanto a música ecoava pela sala.
Os dias surpreendentes nem sempre dão dicas de que estão por vir. Foi assim... Prolongou todas aquelas sensações durante mais um dia, até a tarde fatídica. Tivera uma epifania tão envolta em sonhos, mas ao mesmo tempo tão nítida... A nitidez necessária para não saber distinguir entre sonho e real, se eram meras alucinações ou o que seria seu mundo para sempre. Era como se tivesse sido transportada para outra dimensão, idêntica à sua onde viveu por toda sua vida, porém onde nada era verdadeiro. O simulacro do mundo que pareceu sempre tão real e certo. Sua consciência brigava consigo mesma na tentativa de conseguir definir o que era mundo, o que era alucinação, o que era divino... Mas ainda havia ele ali. Uma das pessoas mais amadas da sua vida tomou formas que amedrontavam. Sentia como se a função dele fosse fazer-lhe companhia e despistá-la ao mesmo tempo, para que não houvesse chance dela escapar. Alice no país das maravilhas nunca fizera tanto sentido! Ele, o coelho; ela, Alice; o mundo, uma fumaça de alucinações nítidas e medo. Só conseguia imaginar quanta coisa deixou para fazer na realidade que sempre esteve em suas mãos e não soube aproveitar. Agora era uma prisioneira de um lugar onde nada era verdadeiro... Nem os sentimentos. O peito ficou apertado e a vontade de chorar era enorme! Mas algo impedia as lágrimas de correrem pelo rosto. Na mente, um turbilhão de pensamentos tão lógicos, num encadeamento que jamais pensara em alcançar. As associações faziam tanto sentido e era impressionante como nunca tinha pensado nisso antes! Mas interrompia as descobertas cada vez que imaginava ''isso não é real, eu não voltarei, dor, dor, dor". Não sabe dizer quanto tempo aquilo tudo durou... Parecia uma eternidade que o relógio não sabia acompanhar. Tentou dormir enquanto ele fora buscar algo para comer. Olhos abertos, olhos fechados... o turbilhão prosseguia.
Impossível dizer como essa história acabou, pois o fim ainda não chegou. Principalmente a clareza do que é verdadeiro ou falso....
Os dias surpreendentes nem sempre dão dicas de que estão por vir. Foi assim... Prolongou todas aquelas sensações durante mais um dia, até a tarde fatídica. Tivera uma epifania tão envolta em sonhos, mas ao mesmo tempo tão nítida... A nitidez necessária para não saber distinguir entre sonho e real, se eram meras alucinações ou o que seria seu mundo para sempre. Era como se tivesse sido transportada para outra dimensão, idêntica à sua onde viveu por toda sua vida, porém onde nada era verdadeiro. O simulacro do mundo que pareceu sempre tão real e certo. Sua consciência brigava consigo mesma na tentativa de conseguir definir o que era mundo, o que era alucinação, o que era divino... Mas ainda havia ele ali. Uma das pessoas mais amadas da sua vida tomou formas que amedrontavam. Sentia como se a função dele fosse fazer-lhe companhia e despistá-la ao mesmo tempo, para que não houvesse chance dela escapar. Alice no país das maravilhas nunca fizera tanto sentido! Ele, o coelho; ela, Alice; o mundo, uma fumaça de alucinações nítidas e medo. Só conseguia imaginar quanta coisa deixou para fazer na realidade que sempre esteve em suas mãos e não soube aproveitar. Agora era uma prisioneira de um lugar onde nada era verdadeiro... Nem os sentimentos. O peito ficou apertado e a vontade de chorar era enorme! Mas algo impedia as lágrimas de correrem pelo rosto. Na mente, um turbilhão de pensamentos tão lógicos, num encadeamento que jamais pensara em alcançar. As associações faziam tanto sentido e era impressionante como nunca tinha pensado nisso antes! Mas interrompia as descobertas cada vez que imaginava ''isso não é real, eu não voltarei, dor, dor, dor". Não sabe dizer quanto tempo aquilo tudo durou... Parecia uma eternidade que o relógio não sabia acompanhar. Tentou dormir enquanto ele fora buscar algo para comer. Olhos abertos, olhos fechados... o turbilhão prosseguia.
Impossível dizer como essa história acabou, pois o fim ainda não chegou. Principalmente a clareza do que é verdadeiro ou falso....
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