Aqui, com o coração apertado. Já não sei se é de medo, saudade, apego que sobra ou juízo que falta. É, se eu fosse uma pessoa racionalista, daquelas que coloca o cérebro em primeiro lugar, os sentimentos seriam contidos. Envergonhados, ficariam reclusos, sentindo-se culpados por existirem. Ufa! Que sorte ter me descoberto humana a tempo. A tempo de deixar todos os sentimentos provarem o doce sabor que a vida tem. São como filhos, que por mais amados que sejam, precisam saber como é o mundo. Os filhos e os sentimentos são para o mundo. É, talvez seja assim. Apenas sei que não consegui guardá-los. Meus filhos não serão privados da vida. Corram, descubram, caiam, levantem, riam, chorem... Mesmo sem saberem ao certo para onde ir, sabem para onde podem voltar. Meus caros, dessa vez parece tão óbvio. Sabem que o caminho é aquele, não sabem? Parece tão explícito. Escancarado, sem máscaras, hoje mostrei-me para você. Cortinas abriram-se antes que estivesse devidamente pronta para qualquer encenação. Nua, clara, simples. Assim é. Será que os olhos apertados viram? As luzes ofuscaram o que deveria ser nítido? Peço que desliguem. Chegue mais perto, por favor. Os detalhes serão percebidos pelos detalhes. Sinta... É o coração batendo mais forte. Ouça... a respiração perdeu o compasso. Veja... mas pode fechar os olhos. A luz agora é outra. Sem artificialidades, somos eu, você e nosso brilho. E você brilha tanto!
Acho que meus filhos encontraram um pai...
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