o dono da foto:
terça-feira, 30 de dezembro de 2008
É tudo nosso!
o dono da foto:
Balanço I
Pois bem, neste ano o balanço mudou de face. O tal descobriu a complexidade que envolve a vida, mas o quão simples ambas podem ser. Sim, viver é complexo. A começar pelos questionamentos básicos que não se cansam de querer descobrir de onde viemos e para onde vamos. E talvez por não vermos tais respostas, vamos aprofundando cada vez mais o baú de perguntas que descobrimos no porão. Sobre as respostas, confesso não saber. Talvez elas sejam de competência individual, cada qual a seu tempo e de sua forma. Mas quanto as perguntas, me arrisco: são motores que nos impulsionam. Fazê-las ou não pode implicar ir adiante ou voltar pelo caminho.
Antes, talvez eu tivesse o anseio infantil de querer ver todas elas respondidas. Como criança curiosa, as respostas ganhavam maiores proporções do que as perguntas. Mas com o passar do tempo, aprende-se que nem todas devem ser respondidas com a prontidão de uma certeza. Algumas necessitam de tempo para serem construídas e compreendidas de forma mais proveitosa. O responder vai além: significa viver, ir adiante, experimentar, perceber que há diversas maneiras e optar. Responder exije da vida, enquanto perguntar exije de nós mesmos. É uma troca que deve ser feita sem afobação ou anseios de brevidade. É preciso calma para perceber quais perguntas devem ser respondidas e quais respostas devem ser dadas.
Dessa forma parece que as coisas ganham ares mais leves. Deixam fora da bagagem o peso da obrigação, assim como a rapidez que o mundo insiste em nos cobrar. Fica assim, fluindo, com a naturalidade das coisas que por si só encontram seus lugares, sem desespero. Quando a avó dizia que ''no fim tudo se ajeita'', pode ser que ela não tivesse razão ao dizer ''TUDO''. Mas quando conciliamos tal frase com o conselho de "dar tempo ao tempo", é quando percebemos que as coisas podem ajeitar-se.
E assim a vida tem caminhado. Fluindo leve, buscando ver mais claro, sem excessos, mas vontades à vontade. Se puder pedir algo a 2009, que seja isso: VONTADES, encontrem espaço para fluírem, descobrirem o mundo, saírem da bolha e perceberem o quanto a vida pode ser colorida.
Quanto ao balanço, esse é só o princípio. Não dá mais para querer resumir a vida, nem encerrarmos tudo com a simplicidade de um ''positivo/negativo''. É hora de ver como ela fica do tamanho de si mesma.
segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
Sem limites
sexta-feira, 5 de dezembro de 2008
"Sofre mais quem espera sempre
ou quem nunca esperou ninguém?"
p. 62
"Não será nossa vida um túnel
entre duas vagas claridades?
Ou será uma claridade
entre dois triângulos escuros?
Ou não será a vida um peixe
treinado para ser pássaro?
A morte virá de não ser
ou de substâncias perigosas?"
p. 35
Pablo Neruda, Livro das Perguntas
sexta-feira, 28 de novembro de 2008
Desejo
- Ao caríssimo Vitor, que fez com que seus planos de férias animassem os meus. E mesmo que não concretizados, os desejos já estão todos acordados, à flor da pele e dos pés, que hão de sentir a água.
quinta-feira, 27 de novembro de 2008
Fim
terça-feira, 18 de novembro de 2008
O imperceptível
domingo, 16 de novembro de 2008
Monocromático
Devaneios desconexos às 3:45 AM
terça-feira, 11 de novembro de 2008
Casal
terça-feira, 28 de outubro de 2008
Devaneios às 4:30 AM
sexta-feira, 24 de outubro de 2008
Como ser um best-seller em apenas 10 dicas!
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
Nossa vez de jogar
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
ECO - ECo- Eco- eco...
terça-feira, 14 de outubro de 2008
O diário, no limite...
Tem mais de 30 anos, vários quilos acima do peso ideal, solteira, carreira instável, desengonçada, destrambelhada, atrapalhada, etc etc. Teria tudo para ser a figurante de um filme qualquer, onde a estrela principal é o oposto de tudo que já foi citado. O cabelo dela não brilha, as bochechas são enormes, ela não sabe cantar/dançar/representar, acabou indo pra cama com o chefe e pediu demissão. Caramba! Dá para passar horas discursando sobre tudo o que Bridget não é, o quanto ela não está nos padrões e o quanto ela está longe deles. E é justamente por isso que ela é a heroína da vez. Poder atracar-se ao pote de sorvete sem culpa é maravilhoso. As pessoas têm que começar a entender que celulite existe e que o Photoshop também. As capas de revista são apenas capas de revista. Fotografias que não refletem nada do que aquela pessoa é. Simplesmente tiram o que podem da sua roupa e colocam à venda. E esse é o rumo para alcançarmos a eternidade e os exageros: a eterna busca pelo perfeito, que só existe naquele pedaço de papel, e os exageros com do corpo em detrimento da mente para chegarmos àquilo. Já discursei sobre a produção em série que chegou ao mundo corporal. Os modelos despencam de todos os cantos, querendo vencer pelo cansaço e pela insistência. Afinal, acordar e dormir recebendo na cabeça ''seja assim, não seja assado, tenha bunda, não tenha barriga, coxas grossas, cintura fina...'' Fossiliza. Em algum momento, fossiliza.
sábado, 11 de outubro de 2008
O entretempo
É ali que agora me vejo. Entre uma coisa e outra. Naquele exato momento em que uma porta se abre, mas ainda não enxergamos quem ou que está por vir. E nosso olho, fixo na fresta, se enche de fascínio e medo.
Nos segundos em que a porta fica entreaberta, as coisas não estão acontecendo ou deixando de acontecer. Elas estão escondidas no antes e no depois. E, esmagados entre o passado e o futuro, nós permanecemos até o vazio tomar forma.
Um pequeno espaço de tempo onde as coisas respiram e tomam coragem para derramarem-se sobre nós. E nós - curiosos, aflitos, cheios de ansiedade - aguardamos. Mas, entre um roer de unhas e outro, há uma reconfortante compreensão: Se a maiúscula vier na letra esperada, teremos muito mais que uma nova frase.
- Cassiano Rodka
( www.paginadois.com.br )
sábado, 20 de setembro de 2008
quarta-feira, 17 de setembro de 2008
domingo, 14 de setembro de 2008
A lenda alenta?
A pergunta que fica é o que estamos fazendo com as nossas relações? Qual caminho tem tomado a nossa dialética entre interno e externo, entre o mundo e nós mesmos? Para ser sincera, exito alguns momentos antes de dizer que há dialética. Parece que muitas coisas estão sendo empurradas goela abaixo, sem que haja preocupações em refletir e ponderar seja lá o que fôr. Por um momento não há mais troca. São apenas imposições, ação e reação em sentido único, sem permeabilidade. Tudo tem ganho um caráter superficial, epidérmico. Os olhares são inconstantes, os abraços querem cada vez mais rápido se desvincilharem, os beijos não têm mais intimidade, não revelam quase nada exceto desejo físico. A quantidade prevalecendo sobre a qualidade. Os instintos dominando qualquer tentativa de reflexão. Basta atrair para si e ter hormônios. Não é preciso cérebro nem coração. Os sentimentos encruaram. Cada vez mais possuem menos espaço. As pessoas não mais ficam juntas por conseqüência. A lei da atração física é a grande causa. Não é mais necessário que haja laços, afeto, relações estreitas. Ninguém quer se ''amarrar''. A liberdade dos sentimentos tomou outras proporções. Estar com todos ao mesmo tempo e continuar sozinho. Todos são de todos e ninguém é de ninguém. Viva o amor democrático. Mas será que essa celebração está sendo bem feita? Banalizar ou democratizar? Um hiato entre ambas as atitudes. Vivemos na era do fast food. Tudo vem semi-pronto. Basta aquecer através de microondas pelo tempo máximo de 5 minutos. Tudo. Na nova era, conhecer o outro por 5 minutos já é tempo suficiente para escancarar a alma, a boca e as pernas. Nada foi feito para durar mais. Os bens duráveis estão em extinção. O descartável ganha espaço a cada dia. Tratamos tudo como se fosse produtos na prateleira. Em promoção. Estamos saindo da época do ''ficar'' para a fase do ''pegar''. Somos objetos de consumo, diversão simples e facilitada. Prozac não resolve mais. Tratamos a tristeza como algo a ser evitado. Sem nos darmos conta do quanto ela é essencial. A felicidade causa inércia. E sem pensar, vamos brincando de Second Life, criamos protótipos dos nossos sonhos, daquilo que desejaríamos ser. E nos relacionamos assim... Através dos nossos protótipos virtuais amamos, nos apaixonamos, brigamos e assim vamos ''vivendo''. Nossa Matrix está mais forte do que nunca. Entregamos tudo o que tínhamos de pessoal e próximo para bonequinhos genéricos, nos quais colocamos algumas de nossas mais atraentes caractéristicas físicas, que abraçam feito urso, dão tapa na bunda e entregam flores para os seus amigos virtuais. Estamos nos aprisionando sem saber. O interpessoal deu lugar à internet. São cabos e fios que se relacionam por nós. Os olhos e a boca perderam seu espaço para os dedos. Aquilo que não pode ser dito pelas palavras, que exige outras formas de expressão, simplesmente passou a não ser mais exprimido. Ficou o dito pelo não dito. E nisso tudo há um dilema. As nossas gerações estão crescendo nesse meio e não vêem horizontes diferentes por simplesmente não conhecerem. Domingos no parque são programas caretas. Tudo pode ser resolvido via MSN. Até mesmo namoros... Chegamos ao ponto de saber como a pessoa lá do outro lado está somente pela forma como ela escreve naquela caixinha branca. Amizades que surgem através da mesma caixinha. De repente você se vê amigo de alguém que jamais conheceu pessoalmente. E a sensação é tão estranha... Você parece conhecê-lo há milênios, mas só faz alguns meses. O turbilhão de sentimentos confusos. É certo, é errado? Ceder às vontades ou conter os instintos? Ter o direito de se arriscar ou o dever de ser bem sucedido? Eu não acho que há regras. Ser humano só tem graça por ser único. Apenas espero que o amor não vire lenda, feito cabeça de bacalhau e outras coisas mais.
segunda-feira, 8 de setembro de 2008
Ser ou não ser?
Mordomia X Movimento
quinta-feira, 4 de setembro de 2008
Mais uma vez o ciclo tem início. O movimento de oscilações parece eterno. Períodos acima, períodos abaixo, momentos neutros. Assim resumiria ser o ciclo. Um estudo de ondas. Se antigamente a freqüência era maior, hoje ela tornou-se mais suave. Mas não menos profunda. Pelo contrário, o período de duração é maior, com mergulhos mais profundos, nas feridas mais doídas. Alguns motivos permanecem. São aqueles companheiros inseparáveis, que só mudam de ''nome e endereço''. Na verdade só mudam de objeto talvez, já que o sujeito que sente, aqui, do lado de cá, continua sendo o mesmo. Ou teria mudado tanto assim? Tenho confusão quanto a isso. De repente parece que os parâmetros desapareceram. Os limites continuam, mas não tenho mais certeza se por hábito ou imposição. Talvez um seja conseqüência natural do outro. Uma imposição torna-se hábito, verdade, padrão. E como é difícil libertar-se disso. É necessário desprendimento e coragem para o risco. Há olhos espreitando nossas atitudes. Olhos que julgam, que ameaçam, que perseguem e punem. Punem de modo aparentemente sutil, disfarçado em meio a afetos, cuidados e interrupções. A rédea deve ser curta, os olhos devem estar fixos, os ouvidos devem ouvir apenas o que convém. Mas convém a quem? Por um lado você deve crescer, mas por outro de que forma crescer? Libertando-se ou perpantuando o já existente? Transformando ou prolongando as regras do jogo? E de quem são as regras? Quem as criou? Ir contra elas significa estar correndo risco? Será preciso todos esses olhares julgando a quebra do protocolo? Buscar novos caminhos é realmente tão grave quanto você justifica ser? O risco existe. A maior loucura da vida é nascer. A maior loucura da vida é viver. E somos diretamente responsáveis por essa loucura. Consciente ou inconscientemente, o compromisso é nosso. Mesmo que não haja controle sobre a vida, nós respondemos por ela. Teoricamente ela é nossa. Tudo isso sem querer atribuir qualquer caráter místico ou divino. O ponto chave é ter consciência do emaranhado em que vivermos. Nossa vida não é um fio solitário. Faz parte de uma rede da qual não é possível escapar. Somos nela concebidos e provavelmente o que seremos dali em diante será também seu fruto. E daí o medo. Quais são os frutos que estão sendo formados? Serão eles doces ou azedos? Serão eles saudáveis ou venenosos? Terão a oportunidade de mudar ou somente continuarão o ciclo? Somos marionetes nas mãos da vida ou o contrário? Será tudo uma questão de tempo? Será que possuímos o luxo do tempo?
É tempo de perguntas sem respostas. Tempo em que a alma está exposta e não há outro caminho a não ser continuar. Depois de um tempo a gente aprende que não dá mais para voltar atrás. O compromisso não permite. Encararmos nós mesmos, com feridas ou sorrisos. E que haja vida o suficiente.
domingo, 10 de agosto de 2008
Eu acreditei que a casa já estivesse em ordem. Mas, definitivamente, nem todas as coisas já têm lugar próprio. Ainda é preciso cuidado. A alma não está inteira e nós não estamos brincando de Second Life. São pessoas, que sentem de verdade. E é justamente por isso que dá medo. Eu tenho medo, mas só poderei saber cedendo. Então, mais uma vez, é hora de arregaçar as mangas e proteger, o que puder, a alma. Falta do que nunca teve?
sexta-feira, 25 de julho de 2008
O prazer é uma força inspiradora que intensifica a existência. É capaz de dirigir seu coração, seus olhos e sua mão quando você aperta o obturador. Pouco importa o motivo; o significado do que você fotografou está em tê-lo fotografado.
Uma imagem fotográfica cria uma história que nunca se pensou em contar. Ela é uma mentira dizendo a verdade, um sim e um não ao mesmo tempo, um é e um não é. Digamos que é um momento poético no qual o 'faz de conta' cria nova vida. Tome por exemplo o pombo que, nas mãos de um santo de pedra, aparenta estar dialogando pacificamente com um velho amigo. Na fração de segundo de uma fotografia, é possível dizer o que não foi dito. Quando uma menininha alimenta os pombos de São Marcos, em Veneza, seu medo se transforma em prazer. Todo suspense baseia-se neste paradoxo humano: o prazer do medo. Nem positivo nem negativo, o prazer pode seguir várias direções ao mesmo tempo."
Ernst Haas - Fotógrafo
sábado, 19 de julho de 2008
Todos os caminhos - Lenine
E é exatamente disso que estamos falando.
Assusta, mas novamente ensina às borboletas no estômago que elas sabem voar...
Presente
domingo, 6 de julho de 2008
Talvez não seja de todo incompreensível. Creio que a palavra correta seja inaceitável. Inaceitável pelo fato de não haver necessidade para tal saudade. E pensando bem, nem para a que está perto, nem para a que está longe.
Criamos algumas amarras no decorrer das nossas vidas. Nos prendemos a algumas convenções e imposições que nos machucam. Alguns dos nossos maiores problemas poderiam encontrar solução no simples fato de eliminá-las. Ou ao menos minimizá-las. O ponto principal da saudade é habitarmos o mesmo mundo. Para que sofrer tanto pela falta de alguém quando não necessitamos de transcendências metafísicas? Para que se machucar tanto quando alguns passos, algumas portas ou alguns quilômetros resolveriam tudo? É realmente necessário ter que sentir falta do que está do outro lado da parede? Ao fim da rua? Na cidade ao lado? Eliminar a saudade também não é saudável. Ela alimenta e gera coisas muito boas. Alimenta a vontade de estar junto, perto, aqui. Gera a recompensa da presença após a falta. Mas não deve ultrapassar seus limites, engolir as conseqüências boas e trazer dor. Quando alcança esse patamar é hora de repensarmos o que fazer. É hora de colocar na balança se vamos esperar que as coisas possam se unir por vontade do acaso ou se somos responsáveis por elas. E, principalmente, não nos esquecermos: o futuro é apenas uma hipótese. Conjugar verbos no futuro pode ser perigoso e frustrante. O que concretamente possuímos é o agora, o já, o presente. Nossas oportunidades estão todas aqui.
Meu tempo presente nunca teve tanto valor quanto tem agora. Depois de algum tempo tendo que pensar muito no futuro, encontrei a essência do tempo-já. E como é bela. Os instantes caminham, sem correr, sem ter pressa. Caminham com uma sede de captar o que fôr possível do que já é. Sem preocupar-se em pensar o que já foi e será. O tempo de pensar isso já foi e será. Mas agora é tempo de pensar no que é. Parece repetitivo, mas que seja. Prefiro pecar pela redundância do que pela culpa da falta. Antes perder pela tentativa... Arrisco, tendo que mais uma vez desproteger a alma e dar a cara a tapa. É o risco que se corre. E eu me dispus a correr. Até quando a alma aguentar. E caso ela se despedace, não se assuste... novamente recolherei os cacos, unirei-os e me reconstruirei. É o risco que se corre. Mas o êxito vem da tentativa.
sábado, 5 de julho de 2008
Início da sessão férias com saudades
quinta-feira, 26 de junho de 2008
domingo, 22 de junho de 2008
Último ato... antes do intervalo
quinta-feira, 19 de junho de 2008
Em off
terça-feira, 17 de junho de 2008
(...)
Estou dando a cara a tapa, disposta a encarar de frente as inevitáveis conseqüências de tudo que possivelmente possa vir. E, querendo ou não, virá. A lei de causa e efeito dificilmente erra. Portanto, é hora de arregaçar as mangas e proteger a alma. Mesmo que não profundas, as marcas são inevitáveis. Como um museu necessita de obras para demonstrar o passado, nós precisamos de marcas e lembranças. E, aproveitando a já citada, que este seja para terminar. Por agora. "Por te falar eu te assustarei e te perderei? Mas se eu não falar eu me perderei, e por me perder eu te perderia" (...)
segunda-feira, 16 de junho de 2008
Fluxo de (in)consciência
domingo, 15 de junho de 2008
Talvez
quinta-feira, 12 de junho de 2008
Primeiro andar
sábado, 7 de junho de 2008
Sejamos...
É só uma pena que às vezes percamos a fala. A boca seca, a garganta trava e a voz emudece. E são nessas horas que devemos pedir auxílio. Auxílio aos olhos, que brilham e demonstram o que gostaríamos de dizer. Auxílio à boca, que sorri e mostra o que a voz não permitiu sair. Auxílio às mãos, que confortam tanto quanto as palavras que estão secas na garganta. E assim, auxílio a todas as partes do corpo, que milimetricamente demonstram o que talvez palavras não conseguiriam expressar. Só são necessários olhos atentos. A pureza das coisas só é perceptível a olhos também puros. "Ver com olhos livres". Para captar a essência sutil, é assim que deve ser. E corra o risco. Saiba corrê-lo. É necessário. O êxito também depende dele. Aqui, de nada temos certeza. Somos carruagem sem freio, solta no mundo sem saber porque, sem saber como, sem saber onde. Mas esse não é o ponto importante. O mais importante é que simplesmente sejamos!
sexta-feira, 6 de junho de 2008
Com essa correria caótica da rotina algumas coisas passam despercebidas. Certas situações acontecem todos os dias, mas não nos esbarram. E por esse motivo, quando o fazem, é que levamos uma balançada. A sensação é que o chão está se abrindo. Estamos a ponto de cair no vale e desistir de tentarmos nos agarrar em alguma coisa. E o buraco é tão fundo, tão escuro...
Mas o susto é necessário. É com ele que voltamos a nós mesmos. A consciência aflora e nos recorda do que é tempo e fugacidade. E principalmente o que é ter chance. Chance de ter tido chance. Chance de ter quem nos cuide, quem nos goste, quem nos queira. Queira perto, queira junto, aqui ao lado. Não é preciso mais muita coisa. Não é preciso carros de luxo, roupas caras, acessórios modernos... Só é preciso estar. Estar quando desejar estar. E a vontade é que esteja. Faz bem. Sem preocupações em explicar. Até porque creio que não seria possível. Mas é que algumas coisas realmente servem como aviso... Um aviso sem dia pra chegar. Que simplesmente chega, assim.
Não há de ser nada. Há de ser somente mais um aviso e mais uma chance. Uma chance que quer dizer: aproveite! E não se esqueça que mais importante do que sorrir....
sexta-feira, 30 de maio de 2008
Apêndice 1
Não sei culpa de quem. E nem sei se há culpa. Parece que caminhamos para o conformismo, cada vez mais. "Mudar? Mudar o que? É assim desde que o mundo é mundo. Eu tenho minha casa, meu carro, meu emprego e minha família feliz. Tá ótimo!". E assim continua-se o ciclo... O ciclo onde nada muda, onde nada é feito, onde tudo permanece como está.
O último exemplo mais claro que tive disso foi dentro da faculdade. As festas juntam mais pessoas do que as reuniões do movimento estudantil. Pergunta-se qual é a próxima festa da semana e todos sabem. Mas questione sobre onde fica as tais reuniões... Dos males o pior. Ainda há quem saiba. Ainda há quem se interesse. Pode até ser que não da forma como gostaríamos. Pode até ser que ainda longe da utopia que buscamos. Mas ainda resta um fio...